Como reconhecer um bom professor de Pilates através do uso que ele faz da correcção?
Aquele professor que quer mostrar tudo o que sabe cada vez que faz uma correcção a um aluno não é um bom professor de pilates. Já aquele professor que escolhe, de entre todo o capital de conhecimento que a experiência e o estudo lhe trouxeram, a coisa certa a dizer, demonstrando assim que sabe do que fala, é um professor realmente bom!
Um bom professor é ainda aquele que pondera se a correcção será ou não benéfica para o aluno. Por exemplo, se um aluno está deprimido e escolheu fazer Pilates para relaxar e desfrutar de tempo para si, a correcção do professor pode ser ouvida como uma crítica ao seu desempenho. Nesse caso, se a posição do aluno ou se o seu movimento para além de serem incorrectos são prejudiciais para a saúde, então é claro que o professor pode e deve intervir, bastando que escolha uma linguagem mais positiva que produza a mudança necessária.
Outro exemplo é o de um aluno mais velho que consideramos um herói só por já ter conseguido chegar ao estúdio de Pilates (não esqueçamos que para isso teve que sair do conforto da sua casa e enfrentar o reboliço do mundo). Para este aluno uma utilização excessiva de correcções pode levá-lo erradamente a crer que está a fazer tudo mal, que não tem jeito nenhum para se mexer e que mais valia não ter vindo à aula.
Por isso, um bom professor é aquele que tem uma visão integrada do movimento do aluno e que, apesar de reparar nas micro-ocorrências, seleciona a macro-correcção que fará toda a diferença para que o aluno melhore a sua performance e desfrute do movimento.
Responder à questão “Qual é a correcção certa” é um dos desafios que o professor enfrenta quando está a ensinar.
Se optou por corrigir tem que decidir como fazê-lo da melhor maneira. A correcção certa é aquela que produza, e rapidamente, a mudança necessária no movimento que o aluno estava a executar erradamente.
É por isso importante que o professor seja certeiro, que vá directo ao assunto, elegendo “a” correcção. Acima de tudo, estamos a falar de eficiência: uma comunicação eficiente resultará num movimento mais eficiente.
Quando o aluno está a ter dificuldades num exercício, por exemplo em executar um Russian Split no Reformer, é vital que o professor não se ponha com rodeios, com explicações intermináveis sobre o desempenho do soalho pélvico… e que lhe diga com clareza o que fazer para ter sucesso.
No nosso Estúdio aplicamos a seguinte fórmula:
objectivos / expectativas do aluno + confronto com a realidade + motivação
Objectivos/expectativas
Para um aluno sentir que evolui tem que sonhar com o impossível. Só quando nos propomos a fazer coisas que nos parecem bastante difíceis é que conseguimos alcançar novas metas.
Confronto com a realidade
Depois vem o confronto com a realidade que nem sempre é simpático. Afinal aquele exercício que parecia difícil, é realmente muitíssimo difícil. É aí que um bom professor fará a diferença, orientando o aluno com a correcção mais apropriada para que ele seja bem sucedido.
Motivação
A motivação do aluno vem não só do reforço positivo que o professor lhe dá mas sobretudo do reforço positivo que o próprio aluno sente ao notar os resultados de uma prática regular de Pilates. Não há nada melhor do que o aluno aperceber-se da sua evolução. Um exercício de memória que propomos algumas vezes aos nossos alunos é relembrar os exercícios que há algum tempo atrás lhes custavam tanto e que hoje em dia são feitos com uma perna às costas! Não foram os exercícios que ficaram subitamente mais fáceis foi o próprio aluno que se tornou mais competente na sua execução!!
O que há a fazer quando a coisa corre mal?
E quando, por mais que o aluno se esforce, por mais que o professor articule (e gesticule!), o exercício não sai bem? A resposta é simples: o exercício foi mal escolhido.
Quando o professor se vê forçado a dar uma correcção atrás da outra (mais que duas ou três já é demasiado) é porque o aluno não estava preparado para executar bem aquele exercício. O professor deveria ter conseguido prever que os resultados não seriam os melhores e não deveria ter proposto o dito exercício. Não é o fim do mundo, mas é certamente hora de mudar para um exercício mais adequado ao aluno e que o prepare para, de preferência num futuro próximo, conseguir fazer aquele tal exercício mais desafiante.
O que há a fazer quando a coisa corre mal?
Quando o professor se vê forçado a dar uma correcção atrás da outra (mais que duas ou três já é demasiado) é porque o aluno não estava preparado para executar bem aquele exercício. O professor deveria ter conseguido prever que os resultados não seriam os melhores e não deveria ter proposto o dito exercício. Não é o fim do mundo, mas é certamente hora de mudar para um exercício mais adequado ao aluno e que o prepare para, de preferência num futuro próximo, conseguir fazer aquele tal exercício mais desafiante.
Mais ou menos correcção para cá e para lá, o que é verdadeiramente importante é que todos os alunos tenham a certeza de que estão a progredir, evoluindo e melhorando a cada aula que passa, que conseguem fazer mais e mais movimentos e com uma enorme facilidade.
Se quiser mais informações sobre as nossas aulas contacte-nos, que teremos todo o gosto em esclarecer as suas dúvidas.